sexta-feira, 9 de setembro de 2011

RACISMO !!!

Não leve isso a sério, senão vai prejudicar a empresa”...

por Marcelo Reis, terça, 6 de setembro de 2011 às 22:5

O racismo no Brasil veste posturas e caras e apesar de todas as políticas instituídas pelo governo para promoção da igualdade racial, dia após dia o racismo é acintoso , provocativo , despertando as muitas intolerâncias sociais que estão encorpando, ficando obesas, com o alimento diário fornecido pela "miscigenada" sociedade brasileira. Até quando?
Em plena Bienal do Livro ,Editora Abril/Veja mostra o pior do racismo
Alunas de escola pública sofrem injúria e discriminação racial na XV Bienal do Livro – RJ
“Não vou dar senha porque não gosto de mulheres negras”, “Você é favelada e preta de cabelo duro”.
Uma das piores formas de discriminação é a feita em função da origem étnica, atingindo a dignidade e integridade do outro.
Isso aconteceu ontem, 05/09, na XV Bienal do Livro – RJ, no Riocentro, quando durante a visitação de alunos o Colégio Estadual Guilherme Briggs, de Niterói, no stand da Editora Abril/Veja – assinaturas, duas alunas se dirigiram ao atendente da Editora citada para pegarem a senha de acesso para autógrafo com artista e sofreram a prática de injúria e discriminação racial. Depois de ficarem na fila aguardando a vez, o funcionário além de se negar a fornecer a senha de autógrafo para as alunas, também afirmou, verbalmente, que não iria dar senhas porque não gostava de mulheres negras. Mesmo ofendida uma delas insistiu e ainda ouviu que não ia ganhar porque era favelada e de cabelo duro. A aluna citou que o que ele estava fazendo era “bulling”, “crime”. “Ele respondeu que podia ser o que for, e que não ia dar nada para ele”. Voltando com o grupo de colegas, chorando, a Diretora do Colégio ficou sabendo e, ainda no Riocentro, voltou ao stand, se dirigiu ao gerente da Editora denunciando o fato e o funcionário, e ouviu a seguinte frase: “Ele estava brincando”, “Não leve isso a sério, senão vai prejudicar a empresa”.
“Discriminação racial: toda distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica que tenha por objeto anular ou restringir o reconhecimento, gozo ou exercício, em igualdade de condições, de direitos humanos e liberdades fundamentais nos campos político, econômico, social, cultural ou em qualquer outro campo da vida pública ou privada.” Art. 2º, inciso I do Estatuto da Igualdade Racial.
Vendo que não adiantava sua denúncia no local, a Diretora fez um Registro de Ocorrência, na 77ª Delegacia de Polícia, em Niterói, sob o nº 077-05231/2011-01 e encaminhou aos órgãos competentes do Estado (Cedine, Supir).
“Triste época! É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. Albert Einstein.



por Marcelo Reis, terça, 6 de setembro de 2011 às 22:59

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